Andar de moto, na chuva, é uma arte. É uma arte porque antes mesmo de montar na motoca preciso ligar o gps mental e visualizar, de acordo com o horário, qual o melhor caminho. É uma arte porque antes mesmo de ligar a moto tenho que me equipar com a armadura anti-chuva. Isso porque antes mesmo de sair pela manhã o motoca checa a previsão do tempo e calcula o espaço disponível no baú para a mochila, a capa, a galocha e o tênis. É uma arte porque o pneu não aquece logo, o asfalto está escorregadio e ainda tem que desviar das faixas pintadas: malabarismo. É uma arte porque já escureceu a essa altura. A viseira, encharcada, vira um caleidoscópio ao reflexo das luzes, faróis e da iluminação pública artificial. Se abro a viseira, vejo melhor. Mas cada gota vira uma pedrada e ainda vale uma multa; aí não! Isso quando o motoca não dá sorte, e tem, no trânsito lento, ao seu lado, uma viatura com o brilhante giroflex vermelho o cegando e à sua frente, uma outra viatura, só que agora a luz in
Já ouviu alguém dizer que não se pode dar um passo maior que a perna é capaz? Ou que não se deve colocar o carro na frente dos bois? Ou "fulano nem aprendeu a andar e já quer correr"? Compartilho um artigo do mestre Roberto Agresti sobre sua visão, e que eu compartilho 100%, da postura de respeito do motoca com sua motocicleta, com o trânsito, com os limites e por aí vai. Tem gente que pela intimidade construída ao longo do tempo com a moto subestima os riscos, nega equipamentos de proteção e o principal: não se concentra no que está fazendo. Assim como um motorista com o smartphone na mão ao volante e perde a atenção no que acontece a sua volta, o motoca precisa estar 100% concentrado 100% do tempo. http://g1.globo.com/carros/motos/blog/dicas-de-motos/post/andar-de-moto-respeito-e-regra-numero-1.html