Andar de moto, na chuva, é uma arte. É uma arte porque antes mesmo de montar na motoca preciso ligar o gps mental e visualizar, de acordo com o horário, qual o melhor caminho. É uma arte porque antes mesmo de ligar a moto tenho que me equipar com a armadura anti-chuva. Isso porque antes mesmo de sair pela manhã o motoca checa a previsão do tempo e calcula o espaço disponível no baú para a mochila, a capa, a galocha e o tênis. É uma arte porque o pneu não aquece logo, o asfalto está escorregadio e ainda tem que desviar das faixas pintadas: malabarismo. É uma arte porque já escureceu a essa altura. A viseira, encharcada, vira um caleidoscópio ao reflexo das luzes, faróis e da iluminação pública artificial. Se abro a viseira, vejo melhor. Mas cada gota vira uma pedrada e ainda vale uma multa; aí não! Isso quando o motoca não dá sorte, e tem, no trânsito lento, ao seu lado, uma viatura com o brilhante giroflex vermelho o cegando e à sua frente, uma outra viatur...
O dia a dia de um aprendiz de motocilcista nas ruas e estradas do RJ. Artigos e links úteis ligados ao mundo do motociclismo e direção segura. Facebook.com/diariodomotoca @diarioDOmotoca