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Mostrando postagens de novembro, 2017

Diário do Motoca na chuva.

Andar de moto, na chuva, é uma arte.  É uma arte porque antes mesmo de montar na motoca preciso ligar o gps mental e visualizar, de acordo com o horário, qual o melhor caminho.  É uma arte porque antes mesmo de ligar a moto tenho que me equipar com a armadura anti-chuva. Isso porque antes mesmo de sair pela manhã o motoca checa a previsão do tempo e calcula o espaço disponível no baú para a mochila, a capa, a galocha e o tênis.  É uma arte porque o pneu não aquece logo, o asfalto está escorregadio e ainda tem que desviar das faixas pintadas: malabarismo. É uma arte porque já escureceu a essa altura.  A viseira, encharcada, vira um caleidoscópio ao reflexo das luzes, faróis e da iluminação pública artificial. Se abro a viseira, vejo melhor. Mas cada gota vira uma pedrada e ainda vale uma multa; aí não! Isso quando o motoca não dá sorte,  e tem, no trânsito lento, ao seu lado, uma viatura com o brilhante giroflex vermelho o cegando e à sua frente, uma outra viatura, só que agora a luz in